Procuro uma palavra que me caiba, algo que apeteça-me ser... Um rumo, um prumo, um jeito... Um ciclo de coisas, de nunca e sempre... Em perpétua guerra, comigo mesma, então eu peço-me trégua, e proponho-me. PAZ.

GUARDIÃ DA MINHA IMPUNIDADE DE DIZER...

Eu não consigo ser chique e escrever tudo só em duas frases. Como a maioria faz.

Eu sangro a mente aos borbotões. Como espuma em cachoeira. Vou além da lógica das palavras. E em cada palavra vou me desfazendo um pouco de mim. Eu uso um pouco aqui e outro ali... sou sempre um alinhavo. E de leve, torno-me pesada (demais), mas vou tentando. Não quero um público que passa aqui apenas por cortesia. Esse meu canto é uma visita abandonada (algo pra eu vir me ouvindo). Assistindo-me. Pra eu ser a minha cúmplice. Compartilho-me comigo. Sou meu lumiar na minha lista de palavras (não li"n"das), mas que eu adoro. Como da letra a beleza é a melodia. Eu vou me falando sem querer... Sem falar... Ouvindo-me. Sem dizer (o que dá no mesmo) ou não? Aceitarei gestos (comentários) comedidos – daqueles que me conhecem (profundamente). Não abra as minhas janelas (sem que tenham) algo (para dizer-me).

As minhas personalidades (são impossíveis) de juntar. Me constituem (em milhares) mulheres inocentes de mim (quase todas) diferentes (vontades) sonhos. Gestos (descobertas) impossíveis (acho), mas assentirão ( que eu vá escrevendo-me) as minhas porcarias básicas (ou coisa alguma) frase interessante (deliciosa). Ou talvez nada (seja só um exercício) de um tempo cruel (pra espantar a velhice) risos. Ou só desculpas ridículas. (desde a minha infância remota) eu sei que eu sou assim, eu não tenho conserto. Nem dinheiro nenhum. Eu nem ligo pra coisas importantes. Nem pra pessoas interessantes. Vou “só” sonhando. “Só” pensando. Até eu queimar. E mudar de céu. E não ser mais. Mas eu não sou. E quem é? Quem me conhece sabe. Que eu sou. Ou muito triste. Ou muito irritada. Ou muito feliz. Ou muito apaixonada. Muito intensa. Ou muito tudo. Ou muito nada. Sem controle. Sem siso. Sem nada de nada. Mais informações? As pessoas interessadas. Que acessem. Ao interesse delas. Vou ficando por aqui. Me matutando. Me respondendo. Alguns vestígios? Evocam... Marcas que passam. Permanência? É presença. Tudo é significado. Na fragilidade das listas. Há sempre um olhar cravado em mim (de sempre). E PRA SEMPRE. Cujo sabor é esquecido? (jamais).


terça-feira, 21 de agosto de 2012

RELÍQUIA


o sorriso que está agora em meu rosto, o brilho, a leveza, foi voce quem instalou... Você sabe que muita coisa aconteceu, e eu não consigo contar pra outra pessoa que não seja você... Eu vou retirar essa mecha do meu cabelo do rosto, pra você me olhar melhor... Pra você tocar meu rosto com as pontas dos dedos... Pra eu sentir esse suspiro, essa consciência, essa leveza do toque, pra eu inalar o hálito da tua respiração... Sim, eu estou com um daqueles sorrisos marotos no rosto, [parece bem sacana mesmo], mas não é, tem um outro tipo de brilho, e a primeira coisa que eu quis nessa ansiedade e excitação, foi te olhar, só você sabe que o meu sorriso combina perfeitamente com o teu abraço... E agora, tudo o que eu queria, era ver em teu sorriso, o carinho de um querer infinito, que nos faz gemer...

Um comentário:

  1. Achei aqui vários pedaços de ti
    Aqueles que quis guardar ao eterno
    Aqueles que ao vento, tolo, perdi
    Na busca de teu eu me apalermo

    Me julgo o miserável que conheci
    Busco sempre por teu beijo terno
    Sei que não acharei, pois pereci
    Nosso amor, não terei, me consterno

    Hoje achei teus pedaços de ouro
    Os mais caros, os mais intensos
    Que mais me trazem de novo o choro

    Os organizo, crio versos densos
    Que possam lhe tocar em coro
    Que lhe beijem em consensos.

    Lord B.

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Pelo elixir ardente de versos [dizem alguns], são capazes de arrebatar paixões, no entanto, gosto de ser apenas uma ilustre desconhecida. Não sou uma Poeta de desterro algum, sou uma mulher apaixonada, autora de versos dilacerados, vaporosos, transcendentais. Não estou aqui para gerar paixões indefiníveis, mas se os meus versos ganharem o mundo? Lhes sou grata, celebrarei então, mas só depois de morta. Eu preciso ter asas para ensinar a minha alma. Obrigada pela boa, e pela má leitura. Kiss.