Em tempo dessa BABEL PEDAGÓGICA. A
produção de conhecimento no interior de um homem vai muito além dos sermões... Além de
rousseaunianos, comtianos, socratismos, kantinianos... Vai além da problemática
tradicional e da babel desordenada também... Liberdade não quer dizer CAOS. Acredito
numa convergência para a luminosidade. Sim. Mas não num questionamento radical desordenado. Cada uma
ao seu modo. Livres, porém organizadas... Com uma ideologia entusiasta e crítica...
A imaginação infantil é uma bomba desativada... é preciso entender que essa infância
pueril é um templo positivista... É
preciso cultivar esse espaço... Pois ele é clamoroso... Ele clama... Basta ouvir... Não há mais
espaço para os teóricos evangelizadores da pedagogia tradicional militantista...
As gerações de hoje são entusiastas... São célebres... Já chegam num caminho de
volta e já trazem inauguradas novas práticas... Refletir essa nossa época é
necessário... Desconvencionar-se desse design com têrmos vagos e pré-estabelecidos (prontos).
É um salto de notável pensar.
FÁBULA DA DESAUTORIDADE DE SE DEIXAR
IR DESDE O SEU INÍCIO
(analisando abordagens num processo criativo educacional) LIVRE
Ming era uma nuvem... uma nuvem de
dedinho... com olhinhos de carinho... uma nuvem de macarrão... de algodão... de
céu... de penugem de novelo... nuvem de fio de cabelo... de cabelo
branquinho... com cara de carinho... mas vivia trancada numa caixa... com cara
de gato... mas ming não era um sapato... nem um gatinho... ming queria ser
livre... como um alazão ou um tigre... ming era uma nuvem sereia.... que vivia
na caixa... tinha descido na hora errada... era molhada... mas vivia
trancada... tinha grades na caixa pra
ming não fugir... tinha guarda-chuva pra ming não se molhar... mas ming não
tinha frio.... ela iria adoecer era de tristeza... se não pudesse sair... Ming
queria fugir... Ming então começou a escrever palavras malucas... palavras
barulhentas... cheia de desarrumadinhos... Ming estava ficando maluca... sua poesia era
um misto de fantasia e música... de luz... de ave... de azul... de sol... de
voar.... de i... de a.... de l.... de v.... ming escrevia zabumba com sino... pato
com violino... palhaço com caracol... bola com tambor... foguete com aquário... ming e o seu imaginário...
amora até rimava com aurora... mas a noite inteira era cedo... o seu céu era
cor de âmbar.... a noite não era insônia... nas asas do sonho de ming.... tudo
era brincadeira... ela voava para além
da janela... nas bolachas da lata de
biscoito... no tempo molhado... no relógio parado... e no vento calorento... ming parecia um
catavento... vivia em movimento... num caminho sem sair do lugar... em
folhagens que eram abrigos... ming não sabia dos perigos... de ir compondo o seu
abrigo... fazendo ser céu e mar...
Ming sereia nuvem... menina... bordado
de palavras... ave-amor... com bico de
beija-flor... Ming sonho da infância...
Ming palavrinha de ouvido... sininho de descobrir, o que do sábio tava cansado de sair... e
saber de cor...
PALAVRAS
A imaginação infantil (é como a
minha) é um turbilhão, algo que parece fácil de dizer (e fazer) carro... copo...
jarro... bule.... casa... bolo... cabelo... beijo... goiabada... panqueca...
avestruz... palavras complicadas... que mais parecem espelhos dos espelhos... vermelho
dá sereia... estrela vira teia... como é que eu vou fazer? Ai meu Deus! Eu quero a minha mãe! Mãe de mãe, avó, sereia,
revista, filha... eu acho que vou dormir... meu pijama é uma zebra... é tanta
verdade na escola... que é melhor eu dormir... amanhã eu organizo... meu
guarda-chuva com cara de macaco... meu casaco com olhos de tigre, com certeza vão
me proteger... para além dessas grades, a muito que juntar... a muito que
aprender a juntar... escrever é somar... somar é ler... mais que isso... aprender é entender...
Tão bom revoar nas palavras... brincadeira de sonhos... onde palavras são bordados...
descobri que ensinar... É SIM. UM ATO DE AMOR.
Relatos ALFA: (bem)poéticos? De uma
Professorinha. Eu... Professora Alfabetizadora...? Com muito orgulho (sim
senhor).
Meus alunos tem entre 6 e 9 anos.
Eu gosto de dizer que sou uma
DESEDUCADORA.
O lúdico e sensível universo infantil não carece de explicações ou significados precisos... é um conjunto de estrelas... de planetas e de galaxias... de astros celestes...de alô papai... oi mãe... eu amo a minha professora... é um encantador mundo de palavras, letras e riscos coloridos, sons e ruídos... onde a magia solda-se num segundo. :)
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Pelo elixir ardente de versos [dizem alguns], são capazes de arrebatar paixões, no entanto, gosto de ser apenas uma ilustre desconhecida. Não sou uma Poeta de desterro algum, sou uma mulher apaixonada, autora de versos dilacerados, vaporosos, transcendentais. Não estou aqui para gerar paixões indefiníveis, mas se os meus versos ganharem o mundo? Lhes sou grata, celebrarei então, mas só depois de morta. Eu preciso ter asas para ensinar a minha alma. Obrigada pela boa, e pela má leitura. Kiss.