Sabe...
Gostaria de ter em mim as quatro estações
bem definidas
Nem ser só verão tão quente
Nem inverno tão frio
Primavera...
Outono...
Ah, quem me dera...
Em mim os traços são
só alguns rabiscos Giz
Emoções no papel
que às vezes teimam
em sair coloridos
Imagino ambientes
Crio estações
Movimento sensações
Mas são só linhas...
Folhas que caem...
Flores que abrem...
Riscos pra lugar nenhum
Um desejo
Um despejo
Um projeto
sem apêndice
A chuva fininha
As folhas
As cores
Os tons
O vermelho,
O marrom,
O laranja,
Os azuis,
Os liláses...
O inverno nos movimentos
As cores na primavera
Sem ter motivo algum...
Sabe o que eu queria mesmo?
Queria ser só uma leitura em paz
Ilustrada pelas folhas que caem do outono
Transformado desenho
Queria ser só um livrinho pelas tantas mãos...
Só isso...
Nada mais...
Só GIZ
[que se apaga]
com as primeiras gotas da chuva
esquecer os gestos
e as linhas que nada me sabem...
Quem sabe assim
[só houvesse paz]
pois tudo o que eu espero
eu ja tenho dentro de mim...
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Pelo elixir ardente de versos [dizem alguns], são capazes de arrebatar paixões, no entanto, gosto de ser apenas uma ilustre desconhecida. Não sou uma Poeta de desterro algum, sou uma mulher apaixonada, autora de versos dilacerados, vaporosos, transcendentais. Não estou aqui para gerar paixões indefiníveis, mas se os meus versos ganharem o mundo? Lhes sou grata, celebrarei então, mas só depois de morta. Eu preciso ter asas para ensinar a minha alma. Obrigada pela boa, e pela má leitura. Kiss.